quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

O BURACO

Em 1961, Sérgio Porto, também conhecido como Stanislaw Ponte Preta, lançou o livro “Tia Zulmira e Eu”, onde relatava ironicamente a situação da sociedade carioca. Através das histórias Sérgio divertia e informava o leitor sobre fatos sérios que aconteciam na época.
Neste incrível livro, o da tia Zulmira, o autor narra a história de um cidadão que procurou a prefeitura para se queixar de um buraco que havia em sua rua. A relação do cidadão com os funcionários públicos daquela década é hilariante e real.
Sérgio Porto, travestido de Stalislaw, se consagra na arte de contar histórias e nos fazer rir de nós mesmos.
Após muitos anos da publicação deste livro, hoje, dia 14 de janeiro de 2015, uma emissora de televisão através de seu Telejornal, apresentou uma matéria sobre os buracos nas estradas e ruas dos estados brasileiros. De norte a sul do país, os buracos teimam em existir, como fantasmas, que continuam a nos fazer lembrar, do grande Sérgio Porto, falecido aos 45 anos em 1968.
Tia Zulmira ficaria muito zangada ao saber que os buracos continuam a infernizar a vida dos cidadãos brasileiros, e que a situação não mudou, ou melhor: piorou!
Na situação criada pelo incrível, Ponte Preta, o cidadão foi procurar a Repartição Pública, para resolver uma simples questão:  devido ao tamanho que buraco alcançou, ele precisa saber se o buraco ficava na rua dele ou se a rua em que ele morava ficava no buraco.
Caro Sérgio, você que mora nas nuvens aí no céu, ao olhar aqui para baixo, deve enxergar um enorme buraco, onde os brasileiros atualmente estão morando.
Grande Sergio Porto!
Edison Borba

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