quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

MORTE DO FUTURO.

Iniciamos o dia 29, com mais duas pessoas atingidas por bala perdida, no Rio de Janeiro e sob o impacto da divulgação das estatísticas de mortalidade da juventude brasileira. O número de jovens entre 12 e 18 anos assassinados no Brasil é de tal magnitude, que fica difícil formar uma imagem mental desta catástrofe. Essa brutal lista, nos coloca diante do “interrompimento” de ciclos de vida em fase de produtividade. A cada jovem morto, o país perde em mão de obra, inteligência, criatividade, progresso e sonhos de tornar o Brasil, uma pátria realmente forte, estamos vivenciando um grande desperdício de vida humana. A seriedade desta situação,  torna-se mais preocupante, por se tratar de ações cotidianas e de ocorrência nacional. Matamos jovens em todos os estados do Brasil, diariamente, a qualquer hora, por qualquer motivo. Entre outros, este é um grande desafio para os governos dos municípios, estados e do Brasil. Um grande número de nossas crianças cresce, sem acesso a uma educação de qualidade, sem informações culturais  que possam dar a elas a dimensão de um mundo diferente do que aquele  que elas vivem. Seus heróis são traficantes, bandidos e marginais, que ostentam em suas comunidades riqueza e poder. A facilidade de se tornar um herói, ganhar dinheiro fácil, ficar no centro das atenções das “gatinhas” e viver uma vida de ostentação, faz com que o mergulho para a morte seja desprezado. O importante para muitos jovens é o aqui e o agora. Morrer para eles passa a não ter o mesmo valor que os demais membros da sociedade, e aqui podemos incluir, se eu não ligo para morrer, também não me importo em matar.
O Brasil começa o ano de 2015 enfrentando uma de suas maiores crises: falta de água, queda na produção de energia, aumento da criminalidade e do assassinato de sua juventude.
Que futuro aguarda esta grande Nação?
Edison Borba
 
 

 

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