Eia boi! Eia
“maiado”! Eia!
Companheiros de
estrada
Vagarosamente
caminham em cortejo
Lá vai
boiadeiro chapéu quebrado na testa
Rosto queimado
de sol
O forte sol do sertão
Chibata
estalando no ar
Lá vai o
boiadeiro pelos campos do Brasil
Em sua casa,
ficou sua bela, seu amor, sua mulher,
Cuidando da
criançada, temperando feijão
Um sabiá vez por outra anuncia boas novas
Passa pra ela,
notícias do companheiro distante.
Para ele
lembranças do aconchego do lar
Nas noites vazias
sob o clarão da lua
Ele pensa nela
fazendo gemer a viola
Saudade de sua
amada de seu rancho pequenino
Das crianças no
terreiro, brincando de pega-pega,
Seus amores
verdadeiros, que em vida de boiadeiro,
Fica só no
pensamento, a estrada é seu alento,
No coração
dentro do peito e no som do seu berrante.
Vida de boiadeiro
é sempre seguir em frente,
E de mulher de boiadeiro é esperar o regresso
É prazer de ouvir berrante anunciando a chegada
De seu amor companheiro,
que pelas estradas andou,
E agora tá
voltando, pros braços de seu amor.
Eia boi, eia
boiada, eia vida pela estrada!
Eia berrante
tocando pelo mundo de “meu Deus”
Eia viola
dobrada de melodia cantada
Entoada pela
estrada do meu Brasil sertanejo!
Edison Borba
Nenhum comentário:
Postar um comentário