Nunca houve tantos assassinatos, como neste início de
ano. Dois mil e quatro está sendo marcado pela intolerância, desconfiança e
agressões. Diversos crimes foram cometidos por simples discussões. Brigas de
trânsito têm sido responsáveis por violências gratuitas. Esta semana diversos
incidentes, simples, que poderiam ser resolvidos com uma conversa amigável ou
até mesmo pelo seguro, terminaram em tragédia.
Uma manobra irregular, um espelho retrovisor amassado ou
um simples aranhão na lataria são motivos para tiros, facadas pancadaria e
mortes.
Por onde anda a paz?
Por que não contar até dez?
Por onde anda o “animal racional”?
Para que serve a evolução cerebral humana?
A campanha de desarmamento já foi esquecida, mas o homem
com sua capacidade de criar, mesmo sem as armas de fogo, ele transforma um
pedaço de pau numa perigosa lança.
A questão também não é proibir as venda de “armas” de
brinquedo. A questão é mais complexa, ou talvez mais simples, chama-se
educação.
Vivemos numa era do “isolacionismo”, cada qual no seu
cada qual, ou seja, cada qual com seu celular, ou outro aparelho, que isola o
cidadão do mundo. Cada vez mais nos tornamos monossilábicos e quando a palavra
se faz necessária, não sabemos como usá-la para um diálogo. Bom dia, obrigado,
com licença, desculpas estão sendo cada vez menos usados!
A nova sociedade, aos poucos está perdendo o que levou
anos para conseguir. Foram séculos de várias mutações e adaptações ao meio
ambiente, até o ser humano conseguir desenvolver um sistema nervoso e suas
múltiplas funções do pensar, falar e agir. Nossas cordas vocais irão se
atrofiar lentamente, à medida que o cérebro já não emite ordens para o uso do
aparelho fonador. E não será estranho, se a nossa capacidade de ouvir também
for perdida. O uso inadequado de aparelhos sonoros, também irá atrofiar essa
função.
Provavelmente estamos voltando ao tempo das cavernas.
Mas enquanto o processo “IN + volutivo” acontece, o
melhor é usar a velha e antiga estratégia: “prefiro ser um covarde vivo que um herói morto!”
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