quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

NO RASTRO DO FOGUETE

         Um foguete de alta potência explosiva atinge a cabeça de um cinegrafista de uma equipe de televisão. O artefato foi aceso, por um jovem, durante uma manifestação popular contra o aumento de passagens do ônibus. O autor do acidente, recebeu-o de  outro jovem, que por sua vez informou que achou o foguete no chão no meio da multidão. Logo o objeto foi levado para o local por outra pessoa.
As informações de especialistas nos dizem que o artefato só é vendido para maiores de idade e com identificação. Não deve ser um objeto “barato”. É provável que outros rojões estejam armazenados em algum local da cidade, guardados por alguém, que financia este tipo de objeto e provavelmente armas. É comum questionar-se qual a procedência de armas extremamente sofisticadas, produzidas em outros países.
Outro fato que vale a pena ser analisado é a rapidez com que advogados, alguns de vasto currículo, surgem rapidamente para defender os causadores de delitos. Sabemos que todo indivíduo que comete uma ação indevida tem direito a defesa, porém este processo é lento, envolvendo uma série de protocolos.
Outro item que vale reflexão foi à palavra do advogado que defenderá o rapaz que acendeu o rojão que atingiu e matou o cinegrafista. Em sua entrevista ele citou: “os jovens  são aliciados, manipulados e municiados para agirem em nome  de causas, que nem eles, sabem o significado”.
Quem estará na ponta inicial do rastro do foguete? Quem financia a compra dos artefatos? Quem alicia, manipula e municia? Quem contrata e paga (muito bem), os advogados? De onde vem o dinheiro que permite um jovem de pouco poder aquisitivo, viajar para outros estados?
Responder a essas questões poderá auxiliar no entendimento de outros problemas que estão tornando-se rotina o Brasil.
A quem interessa depredar e queimar ônibus, trens e metro? Quem fica feliz com as  balas perdidas? Quem se beneficia com a manutenção dos traficantes armados e com a constante distribuição de drogas?
         Perguntas, questões, dúvidas cujas respostas a sociedade consciente sabe onde encontrar, porém elas estão trancadas em cofres, em salas atapetadas, dentro de prédios de segurança máxima.
Será muito difícil, chegar até elas!
Caso algum dia, alguém consiga trazer à tona os nomes dos que planejam as rotas e os rastros dos foguetes, haverá grandes mudanças na sociedade. As mudanças serão tão grandes que fará desmoronar grandes castelos e muitos “cidadãos ilibados” serão desmascarados e a nação poderá caminhar sobre o verdadeiro tapete da democracia.
Que a História possa registrar o dia em que o verdadeiro rastro do foguete foi devidamente esclarecido!
Edison Borba
 

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