sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

FADA ou BRUXA?

         As histórias infantis estão repletas de seres fantásticos, que fazem parte do imaginário infantil e segundo alguns pesquisadores, colaboram no desenvolvimento emocional das crianças. Fadas, bruxas, gnomos e duendes, cada um com uma representação psicológica, que ajuda a percepção da garotada, nas questões que envolvem o bem e o mal.
A Gata Borralheira e a Bela Adormecida possuem suas fadas “madrinhas”, que tem como trabalho protegê-las dos feitiços das bruxas, mulheres malvadas e invejosas. Sempre envolvidas com o mal, as bruxas contam com a colaboração de outros seres maléficos. Em suas habitações, as  possuem um   perigoso espelho mágico,  que passa informações sobre as lindas princesas. Elas, fazem poderosos  encantamentos em seus  enormes caldeirões para enfeitiçarem as pessoas.
O Mundo da Fantasia, não pode existir, sem os maravilhosos castelos, criadagem, festas e banquetes; música e elegantes príncipes, cavalheiros e cavaleiros, montados em belos cavalos brancos. No mundo encantado o bem sempre vence. Os malvados terminam envoltos por uma fumaça que os leva para o fim do mundo.
Porém neste Encantado Reino, existe um personagem, que possui a sua fada particular. É um caso especial de terceirização de mão de obra. Enquanto nos demais contos, as fadas madrinhas podem ter mais de um afilhado, neste caso, a fada é sindicalizada e atende apenas ao seu patrão. Trata-se do Peter-Pan, o garoto que  nega-se a crescer. Sempre brincando e voando o Peter, conta  com  sua parceira e secretária particular Sininho, que funciona com poderes de fada. Desaparece num piscar de olhos, sumindo sem deixar vestígios. Essa fadinha, diferentemente das outras  é irritadiça e impaciente.

 Tilim-Tim, cognome de Sininho, mantêm a tradição das histórias, vive em castelos, faz banquetes,  paga  seus criados com moeda corrente do país em que está atuando, neste caso específico o real. Tudo isto em companhia de Peter – Pan.
Quanto às questões geográficas e ecológicas, Sininho difere de suas parceiras de profissão, enquanto Morgana, Dília e outras lindas fadas preferem viver nas florestas e jardins, amam as flores e as folhas, a Tilim prefere as ruas das grandes metrópoles. Não curte o odor das rosas, preferindo gás de pimenta e promover a paz não faz parte de suas funções, ela curte mesmo é  violência e  anarquia.  Essa criatura, apesar de aparência frágil, é poderosa e está sempre protegida por um exército de duendes e gnomos do mal, que prestam serviços por encomenda.  
Outra característica dela é o fato de ter trocado a tradicional varinha e condão, por um moderno celular. Astuciosa, essa fada do asfalto mantém-se bem informada e, como num passe da mágica, desaparece. Ela não gosta de ser flagrada pelas máquinas de uns seres conhecidos como cinegrafistas que estão sempre acompanhados de outros, conhecidos como jornalistas.  Ela acredita que eles são perigosos para as suas ações. Num momento de nervosismo, conta à história, que ela os chamou de “canibais”.
Essas magníficas e espirituais criaturas habitam o Reino da Imprensa. Lá existem muitos deles, que passam horas escrevendo a história da humanidade.
Alguns destes seres,  flagraram a tal fadinha sobrevoando ruas e avenidas, jogando pó de pirlimpimpim, sobre seus comparsas, para que eles promovam bagunça e arruaça.
 
Os habitantes do Reino da Imprensa estão agitados com a perda de um soldado de elite, da tropa de cinegrafistas. Todo o reino está trabalhando para saber onde fica o esconderijo do Peter Pan, conhecido como líder do bando. Neste momento Sininho, bateu asas e voou para o seu castelo, onde está aguardando novas ordens, para que ela possa agir. Seu maior problema no momento é como arrebanhar novos parceiros para as ações de rebeldia e covardia.
Como em toda história, o bem dominará o mal. Os bons serão vencedores e o reino Brasil, continuará a ser uma Terra democrática tendo como aliados os heróis da Imprensa.
Edison Borba
 

 

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