Desde
a década de cinquenta, continuamos seguindo o conselho da Vedete do Brasil,
Virgínia Lane, “sassaricar”. Mesmo levando a vida no “arame” e lutando para
manter o equilíbrio, “sassaricar” é o
melhor remédio, para desatar os “nós” da vida.
Batizada
com o nome artístico de “A Vedete do Brasil”, pelo senhor Getúlio Vargas, um
dos presidentes brasileiros, com o qual diz ter tido um romance duradouro. A
mulher das pernas mais lindas do país afirmou em polêmica entrevista, que se
encontrava com o presidente na noite de sua morte.
Bonita
e inteligente Virgínia teve uma excelente educação. Cantava, dançava,
interpretava e vestida de coelhinho fez um dos primeiros programas infantis da
televisão brasileira. A mesma artista dos palcos dos teatros de revista, a
mulher das plumas e paetês, que deslumbrava a plateia masculina em seus
espetáculos na Praça Tiradentes, foi recebida pelas famílias brasileiras ao
contar histórias para crianças.
Nascida
em 1920, aos quinze anos trabalhou como corista, no cassino da Urca. Aos 18 já
estava nas telas dos cinemas. Uma vida bem diferente para quem estudou em
internato religioso.
Durante
anos a Lane, fez o país “sassaricar”. Virgínia era alegria, sensualidade,
beleza e felicidade, a representação máxima das vedetes brasileiras, que virou
manchete ao anunciar ter colocado suas pernas no seguro.
A
bela Virgínia fez parte do imaginário de
muitos homens, que sonhavam com as mulheres que brilhavam nos teatros de
revista, descendo as escadas iluminadas. Maiôs, plumas, paetês, luzes, música,
pernas e sonhos, era um mundo de fantasias que ajudava a população esquecer as dificuldades da vida. As vedetes
foram figuras populares de grande prestígio na década de cinquenta.
Até
hoje, rodos querem “sassaricar”, os brotinhos as viúvas e as madames. Hoje
usando diferentes cognomes, mas o assombro continua e, todas as tardes, na
porta da Confeitaria Colombo, no centro do Rio de Janeiro, tem muita gente
“sassaricando”.
Virgínia
Lane – “A Vedete do Brasil” – (1920 / 2014).
Saudade!
Edison Borba
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