segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

PAZ INCENDIADA

        Madrugada de 2ª feira, 24 de fevereiro, na comunidade do Lins de Vasconcelos, três ônibus, um carro de polícia, um mercadinho e um contêiner base da UPP, foram incendiados. Uma criança baleada, escolas e creches fechadas. Este é o balanço de mais uma onda de violência na cidade do Rio de Janeiro.
Enquanto parte da cidade já está em ritmo de carnaval, moradores de algumas comunidades enfrentam graves problemas de violência  falta de luz além de outros serviços básicos.
Os atos de violência, já fazem parte do cotidiano da vida dos cariocas, de tal forma que as notícias estão sendo publicadas no rodapé dos jornais. Nos noticiários de televisão e rádio, também já não causam tanto espanto. Notícias sobre o campeonato carioca, preparações para a Copa de Futebol e os desfiles de blocos carnavalescos estão endo prioridade.
A rotina é um grande perigo para a sociedade.
Quando a população começa a se acostumar com essas tragédias, é sinal de que  valores morais e  éticos de um povo estão mudando para pior. Morte por bala perdida já não causa impacto. Assalto seguido de morte não causa  indignação. Agressões, brigas, furtos, espancamentos começam a ser aceitos como algo comum.
Quando os jornalistas noticiam casos de violência, onde não houve mortes, a nota é dada  como um benefício conseguido: “não houve vítimas”, que maravilha!
Policiais apontados como agressores, aumenta a insegurança. A maioria das vítimas são homens jovens, moradores de comunidades, acusados de resistência à prisão.
O perigo está no ar! O medo está nos lares! A violência está nas ruas!
Os trabalhadores pedem justiça!
Estas tristes constatações já estão fazendo parte do dia-a-dia da nossa cidade!
Lamentável!

 

Edison Borba

 

 

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