sábado, 8 de fevereiro de 2014

SERÁ QUE FREUD EXPLICA?

        Que motivos leva uma boa parcela da população rende-se ao “reality shows”? Creio que esta questão é interessante e deve levar muitos pesquisadores da inteligência humana, ficar horas, analisando as mais diversas teorias. Será que Freud explicaria? Ou será melhor pedir auxílio a Jung? O que está acontecendo com a evolução da inteligência humana? Até o senhor Darwin poderia ser convocado para ajudar na pesquisa.
Não quero estabelecer críticas, apenas estou procurando entender o fato. No momento em que o mundo se preocupa com invenções, inovações, busca de melhoria para as condições do planeta, fala-se em sustentabilidade e diversificação para que a espécie humana possa sobreviver às possíveis e grandes mudanças, um grupo de pessoas senta-se à frente de seus televisores para saber quem está com quem? Quem está com o bum-bum mais siliconado? Quem está sendo mais “falso”? Ou mais safado? Entre outras situações que em nada contribuem para a evolução da nossa espécie, ou será o contrário?
Fico a imaginar a importância da população, ser convocada para participar do “paredão”. Será que estamos preparando a “massa” para julgar os maus políticos? Em sendo assim, vale a pena estarmos de olho no BBB e nas “fazendas”.
Outra questão que me aflige, está no incentivo deste tipo de show, que investe na mentira, na falsidade, no sexo, na vingança, no ódio, na intriga, no consumo de bebidas alcoólicas, no exibicionismo e na preguiça. Provavelmente os patrocinadores de tal programa acreditem que os “confinados” sejam ratos de laboratório, que ganham para servir a humanidade, a partir das observações, a indústria farmacológica produzirá novos antídotos contra todas essas aberrações. Se for essa a intenção, devemos aplaudir e estimular os “heróis”, que emprestam seus corpos e mentes para tão terrível experimento.
Outras dúvidas invadem minha cabeça, principalmente em relação às nossas crianças e jovens, que passam horas, dias semanas e meses aprendendo a como ser um desocupado, e ganhar para não fazer nada. Ser considerado herói, ter suas vidas enaltecidas, aparecer em capas de revista, falar bobagens e deixar claro que não vale a pena estudar.
Este tipo de programa é um curso de malandragem com direito a diploma e prêmios. Como manter atenção dos alunos numa sala de aula, se existe um curso gratuito, diário e cheio de atrativos os quais a escola não possui. Tudo o que os professores tentam ensinar, é jogado no ralo, após uma sessão de “reality”.
Porém, o que me aflige é a possibilidade que seja  eu um neurótico ou tenha outro tipo de distúrbio e estou vendo um jacaré na sala.  Estou estupefato diante de um grandioso programa, para o qual eu ainda não consegui ter um desenvolvimento neurológico capaz de entendê-lo. Sou um reprimido e trago no meu inconsciente traumas de infância. No meu processo de individuação, eu rejeito os grandes heróis televisivos, pois estou aprisionado aos meus obstáculos interiores.
Portanto peço desculpas e vou lutar para entrar no jogo e passar a assistir esses programas, e talvez,  um dia eu posso deixar o meu casulo e virar um borboleta, e sair voando e deixar a casa onde estive confinado e ir direto para a fazenda.
Edison Borba
 

 

 

 

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