segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

TERROR NA MADRUGADA

            Novamente o Rio de Janeiro enfrentou uma madrugada de violência. A comunidade da Rocinha  viveu momentos difíceis, que se refletiram na cidade, gerando problemas no túnel Zuzu Angel, e auto estrada Lagoa Barra. Na troca de tiros, entre bandidos e policiais, dois comandantes de UPPs ficaram feridos, numa demonstração que ainda existe uma forte resistência dos traficantes quanto à chegada das Unidades de Pacificação. Desde a implantação da primeira UPP, o que temos acompanhado é um ritmo diferente entre a ocupação e a pacificação. Batemos sempre na mesma tecla: pacificar inclui educar, atender as necessidades básicas da população, saneamento, creches e saúde pública de qualidade.  Somos repetitivos, e incansáveis no sentido de alertar, que o país precisa urgentemente rever suas ações políticas para com o povo. As desigualdades sociais ainda é um dos veículos de manutenção da criminalidade e da ação de traficantes. Discursos não enchem a barriga, não trazem a paz e a tranquilidade.
 
             Colocar soldados nas ruas, aumentar o número de tropas é apenas um paliativo, a ousadia dos bandidos está cada vez mais acentuada, na razão direta da incompetência dos administradores. A pobreza não é a raiz da violência, porém, as desigualdades fomentam o crescimento de grupos que se colocam na condição de protetores e mantenedores dos desvalidos, gerando como bola de neve a cultura de violência.
A madrugada violenta na Rocinha foi um sinal de alerta de que não basta instalar UPPs, é necessário muito mais do que colocar policiais de plantão, prontos para a luta, sem semear e plantar as verdadeiras árvores da paz. 
Edison Borba
 

 

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