terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

NÃO, PAPAI, NÃO!

MANCHETES (saiu no jornal)
“VIZINHOS TENTARAM IMPEDIR PAI DE PULAR COM O FILHO  DO 13º ANDAR DE UM PRÉDIO EM OSASCO, SÃO PAULO”.
AOS PRANTOS, MENINO DE SEIS ANOS QUE  CAIU DO 13º ANDAR PEDIU PARA O PAI DESISTIR DE PULAR, DIZ A POLÍCIA”.
”PAI PULA DE SACADA DO 13º ANDAR COM FILHO NO COLO EM OSACO – SP”.
Reflexões:
O que faz um homem pular do 13º andar com o filho de seis anos no colo?
Brigou com a mulher, mãe do garoto e num ato de loucura morre e mata o filho de um amor que já havia morrido. Vingança?
Maldito amor que mata para deixar marcas, numa vida que fica sem o amor do filho e o que restou do amor do homem. Loucura?
Que amor é esse que destrói, corrói e assassina?
Que amor é esse que deixa sofrimento quando  morrendo, mata o fruto de uma relação de amor?
Não papai! Não papai! Não pule, não morra não me mate! Tente salvar o amor entre você e minha mãe. Pedido?
Matar o que de mais precioso foi produzido pelo amor. Não deixar vestígios daquilo que um dia foi alegria e paixão. Por  que?
Homem desnorteado, enlouquecido, perdido, lança seu corpo no ar e com o filho no colo mata a mulher de dor. Amor pelo filho?
Nada vai ficar de um amor que existiu algum dia, que gerou um filho, criou, acalentou e matou. Matou pelo amor que virou desamor?
 Um homem não mata, nem se mata. Não mata filho, não mata mãe, não mata companheira. Não mata a relação. Não mata por vingança. Não, não mata!
Homem zela, protege, ama, cuida, acalenta.
Homem  matou e se matou, levando com ele um filho.
Único filho!
Não pule papai! Não pule!
Edison Borba

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