domingo, 1 de maio de 2016

REFLEXÕES POÉTICAS!

Sinto medo de existir, sem saber o porquê

Os que eu amo, não sabem, de todos os meus amores

Desconhecem minha vida, meus desejos, minhas dores

Ando por aí, desconhecendo para onde vou

Um frio congelante, toma conta do meu corpo

Empalideço, tenho pavor, já nem sei mais quem sou

Nada tenho a dizer, não quero pedir perdão

Sofro uma tortura infinita, eu creio que quero morrer

Morrer mesmo sem saber porquê.

Tédio sinto, por tudo que está ao meu redor

Tédio, louca sensação de não sentir prazer

Estou perdido, entediado, sigo na contramão

Quero morrer, sumir, desaparecer ir para um lugar

Qualquer lugar, que nem sei, longe de tudo que amei.

Cada dia mais, eu mergulho, num escuro e fundo poço

Não quero luz nos meus olhos, não quero mais existir

Vivo em pavor e medo, tentando sobreviver,

Sinto frio congelante, tenho mágoas em minha’alma

Que tento até esquecer, mas elas estão agarradas

Em meu ser, em meu viver, em minhas memórias mais íntimas

Elas já fazem parte de toda a minha história

Mais pareço um cemitério, silencioso, calado

Repleto de corpos sombrios, frios em decomposição

Onde vermes atacam, os mortos sem distinção

Ricos e pobres, igualmente, deixando bem evidente

Que naquele espaço eles reinam, consomem os mais elegantes

Os inteligentes e até os desprezados, deixando claro e sério

Que que a democracia existe dentro de um cemitério

Os afamados serão consumidos também

Sem nenhuma distinção, os mortos são os queridos

Dos vermes que moram no chão, rastejantes pavorosos

Que fazem um trabalho sério, de limpar a sociedade

Mantendo no cemitério, para sempre a igualdade.

Esta visão me acalma e até espanta meu tédio

Creio que eu procuro, um lugar assim bem tranquilo

Estou cansado da vida, desta rotina estressante

De viver dependurado, por um fio de barbante

Desculpem os parentes e também os meus amigos

Não fiquem tristes pensativos, eu apenas estou querendo

Seguir o caminho, de todos os seres vivos.

Edison Borba

 





 

 




 

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