quinta-feira, 3 de novembro de 2016

DOCES LEMBRANÇAS DOCES


 
Liguei a televisão de manhã e as notícias não foram nada agradáveis. Entre as informações sobre o clima as mortes, tiros, balas perdidas e outros problemas que assolam o Rio de Janeiro, deixaram-me com dor de cabeça.
Nessa hora bateu saudade! Sem saudosismo “melodramático” e até buscando um momento de fuga desta realidade atual.
Lembrei dos lençóis branquinhos, estendidos no varal lavados por minha mãe, que soltava à voz cantando o repertório de Dalva de Oliveira.
Ouvi nitidamente meus tios dizendo: "Deus te abençoe!" As vozes dos meus irmãos ao redor da mesa do café; senti o cheiro da manteiga derretendo no pão quentinho.
As pipas coloridas rebolando no céu!  Os cães soltos no quintal! Minha avó cochilando em sua cadeira de balanço. A bandeirinha do Brasil, que ficava na sala da minha casa. Ir a pé para a escola, sem medo. Do uniforme em que na blusa branca tinha duas letrinhas - EP. Das professoras, bem vestidas, sempre sorridentes, em frente às turmas cantando o Hino nacional.
Lembrei do jornaleiro, do quitandeiro e do baleiro: que eram amigos das crianças e não
perigosos vendedores de drogas. Ah! Lembrei da pipoca doce. Que delícia! Quentinha vendida na porta dos cinemas e dos circos. Circos! Como era bom ir aos espetáculos circenses!
Tudo isso faz parte de um outro século! O mundo se modernizou, vieram as máquinas, os celulares e os computadores. Novos caminhos, novas fronteiras e novas experiências. Gosto deste novo mundo, mas às vezes bate uma vontade de fazer “uma volta ao passado” só para rever coisas simples, simples coisas, que me fizeram feliz.
Estamos em 2016, e existem coisas muito boas neste tempo, é só sabermos olhar e escolher o que for melhor para a nossa vida!
Edison Borba

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