Há cada dia, no Brasil, as escolas de rico se distanciam mais e mais das escolas de pobre. Parece chocante para quem estiver lendo este texto, encontrar este forma rótulo escolar, porém à medida que mergulhamos no universo educacional fica mais evidente esta terrível comparação. Não se trata propriamente de uma questão financeira, mas de direitos e democracia. Enquanto para alguns alunos, não se nega quadro completo de professores, isto é, tod...as as disciplinas estão ocupadas por profissionais devidamente formados, o ano letivo acontece sem interrupções, prédios em boas ou razoáveis condições de uso, material didático pedagógico disponível para os Docentes entre outros direitos legais sendo obedecidos, existe um outro grupo de crianças e jovens que não estão tendo os seus direitos, de cidadãos, respeitados.
Nesta injusta democracia brasileira, estamos preconceituosamente favorecendo alguns em detrimento de outros. Portando, quando as competições acontecem, como as provas de vestibular, concursos para empregos, há sempre um grupo que estará em melhores condições de sucesso que o outro. E o distanciamento entre as classes sociais, cada vez mais vai se acentuando.
Esta discrepância só irá melhorar, quando as famílias, os pais e responsáveis, perceberem que a luta pela melhoria das condições de ensino e aprendizagem, não é só do professor, ela tem que ser do povo, vir também dos trabalhadores que têm grande parte de seus salários descontados através de impostos, e nem assim seus filhos conseguem ter um ensino de qualidade.
Quando a conscientização das famílias de trabalhadores, realmente se transformar em realidade, estaremos acabando com o muro que divide a escola de rico da escola de pobre.
Edison Borba
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