quarta-feira, 29 de outubro de 2014

A CLASSE OPERÁRIA NÃO VAI PARA O PARAÍSO!

Terminada a euforia eleitoral, aos vencedores os louros,  aos perdedores reflexão  e para o povão a vida, que retoma a sua rotina.
Trabalho, muito trabalho, mãos sujas de graxa, macacão, botas, facão, máquinas, fumaça, cansaço, longas filas, transporte público lotado, engarrafamentos, marmita, cafezinho, salário minguado, empréstimos e os meses passando vagarosamente.
Também acontecem coisas legais, como churrasco com amigos, cinema vez em quando, pipoca, refrigerante para as crianças, uma pelada de várzea, visitar os avós, domingo nos parques e muita coragem para manter a família.
E assim a humanidade caminha, em passos de formiga e sem vontade. Cidadãos trabalhadores, eleitores, famílias que sonham com um futuro melhor para seus filhos, vêm o tempo passar e o sonho do avô, passou para o filho que agora passa para os seus filhos e provavelmente irão passar adiante. Eta! Vida de gado, povo marcado! Povo feliz!
Esperança é o que ajuda a alimentar essa gente, tempero que faz do arroz com feijão um manjar dos deuses.
Quando termina um período governamental, renasce nessa gente humilde um enorme desejo de ter as suas vidas menos aviltadas. Sair do barraco, não morrer no incêndio da favela, libertar-se das mãos dos agiotas, ver sua comunidade urbanizada, não sofrer com a dengue e não temer as chuvas e chegar ao final do mês com tranquilidade. Portanto, o ano de 2015, será mais um que fará a classe operária pensar que vai poder chegar ao paraíso.
O período que se abre de novembro de 2015 até julho de 2015, serão de expectativas de que seremos felizes.
Desta vez acertamos!
Nossos dias irão melhorar e uma luz começa a brilhar no fim do túnel. Porém, esta eleição ainda nem terminou e um bando de aproveitadores já estão cercando a nova (antiga) presidente, na ganância de voltar ao poder. Pelo que já se leu nos jornais, à senhora de vermelho, corre o risco de se transformar num fantoche.
Os seus aliados de partido e demais apoiadores já começaram a leiloar o palácio e o país.
Tudo indica que a classe operária, ainda não  poderá chegar ao paraíso. Esta dádiva  será preferencialmente dos empresários e políticos, que apostam seus euros e dólares nas ilhas paradisíacas (os paraísos fiscais), onde vez por outra descansam seus neurônios, como muito caviar, wisky puro ou com uma pedrinha de gelo.
Edison Borba

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