No
ano de 1944, precisamente no dia 6 de junho, na Normandia, tropas dos países
aliados iniciaram a grande marcha que culminou com o fim da segunda guerra.
Dia
5 de outubro, milhões de brasileiros iniciarão uma grande marcha democrática
rumo às urnas, para escolherem novos políticos que irão dirigir o país por
quatro anos. Apesar desta marcha, ser obrigatória e repleta de ameaças para os que decidirem
não participar do processo, deixando isentos apenas os menores de 18 anos e
maiores de 70, o processo é “quase” democrático.
Infelizmente
o ano de 2014, vai ficar marcado por apresentar um dos piores anos quanto aos
que almejam gozar da imunidade parlamentar e encher o bolso e as bolsas do
dinheiro do povo. O cardápio contém filhos e netos de conhecidas famílias que
dominam o país há muitas décadas, TEMOS alguns candidatos ficha limpa e
muitos com a ficha completamente suja, TEMOS os que lutam para continuar na
mamata, TEMOS os que querem iniciar um novo negócio a caminho de mudar de vida
em poucos anos, TEMOS os preconceituosos declarados, TEMOS os preconceituosos
mascarados, TEMOS os pornográficos, TEMOS quadrilhas organizadas para elegerem
seus chefes e TEMOS alguns que ainda acreditam que poderão salvar o país e
limpá-lo de toda a lama que o cobre há muitos anos.
Apesar
de tudo isso, aos que se dirigirem às urnas, que o façam conscientes não se
deixando enganar por falsas promessas e por shows organizados para enganar o
público. Que tenham a consciência de que o ato de votar, mesmo sendo
obrigatório, ainda é um processo que permite ao povo escolher àqueles de sua
preferência e que o seu voto irá atingir o Brasil de norte a sul, portanto não
se trata de um ato egocêntrico, nosso voto tem que ser brasileiro.
Aos
que não estão de acordo com todo este circo, e que não conseguiram encontrar
ninguém que mereça a sua confiança, cabe o direito de não comparecer e arcar
com as punições prometidas pelo estado ou então anular o seu voto. Estas duas
atitudes também são, absolutamente democráticas.
Diante da urna e imerso na
solidão da responsabilidade de escolher, o cidadão tem o direito de protestar
quanto a tudo que o povo vem aguentando com as ações lamentáveis da maioria dos
políticos, logo: anular o voto é uma atitude legal.
Edison
Borba
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