As
notícias informando sobre os ganhadores do prêmio Nobel trouxe um alento para a enxurrada de futilidade
que assolam as redes sociais da internet, jornais e de algumas revistas.
A
curiosidade sobre a quantidade de silicone que alguma famosa colocou no bumbum
ou nos seios, quem está transando com quem, qual é o novo amor da funkeira,
qual será a nova cor dos cabelos do pagodeiro entre tantas outras inutilidades
ocupam grandes espaços em nossa mídia.
O
anúncio de pessoas preocupadas com medicina, química, física, literatura,
economia e a paz mundial, nos deixa mais
tranquilos e mais resistentes para aguentar a imbecilidade que assola o mundo e em
especial os países da segunda divisão.
Dizem
os especialistas que estamos passando por um momento de transição social, e que
é comum, durante estes períodos, acontecer uma grande mistura de informações, a
quebra de valores e uma confusão nas cabeças quem não sabe exatamente o que
quer fazer da vida. Esperamos que esta fase de transição não dure muito, porque
já estamos sem saber o que fazer com a educação das nossas crianças. O que mais
tem atraído uma considerável quantidade de jovens nestes últimos ano, são:
jogador de futebol, ser mulher fruta, conseguir vaga num reality show,
engravidar de pagodeiro ou de atleta para extorquir pensão, tentar vaga como
político e se vangloriar que não foi preciso estudar, ser manequim e modelo
(modelo de que?), conseguir ser figurante em alguma novela, gravar um CD de
funk, ser profissional de auditório, isto é, compor as caravanas que são pagas
para gritar e pular nas gravações dos
diversos programas televisivos das várias emissoras entre outras atraentes sugestões.
O cérebro anda esquecido na caixa craniana e as academias de ginástica estão
superando as academias literárias. E assim, mergulhados neste oceano de
besteiras que assolam o mundo, surgem humildemente os vencedores do Prêmio
Nobel.
Para
os educadores, gestores e professores uma sugestão: informem aos seus alunos
sobre o prêmio Nobel e peça que eles pesquisem sobre a vida e obra desses
homens e mulheres e também não esqueçam, que a nossa Academia Brasileira de
Letras, indicou o poeta maranhense Ferreira Gullar como o seu mais novo
Imortal.
Vale
a pena contar para nossas crianças e
jovens que existe um mundo rico de
pessoas que usam seus conhecimentos para a melhoria da humanidade.
Edison
Borba
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