Dia
19 de outubro, começa oficialmente no Brasil o horário de verão, que irá se
arrastar até fevereiro de 2015.
Há
anos essa medida vem sendo seguida, com finalidade de economizar energia. Apesar
de todas as controvérsias existentes sobre o assunto, todos, verão que este é o anúncio avisa que já é verão, mesmo na
primavera.
Nas
redações dos jornais e emissoras de rádio e televisão, profissionais do
jornalismo estão revirando as gavetas buscando as antigas e tradicionais
reportagens e perguntas que novamente farão aos entrevistados. Desde que se
criou este horário, que jornalistas, repórteres e fotógrafos realizam as mesmas
matérias.
A
mais repetida pergunta “o que você vai fazer com a hora a mais, que ganhamos no
primeiro dia deste novo horário?”.
A
resposta mais ouvida (pelo menos aqui no Rio de Janeiro) é: “vou à praia”. Portanto,
haverá superlotação nas praias no RJ!
Em
segundo lugar está: “vou para um barzinho curtir com os amigos”, logo os donos
de bares, botecos, restaurantes e afins estão se preparando para um
superfaturamento.
E
assim, os anos passam e as perguntas e respostas se repetem numa ladainha, em
que as rezas são as mesmas.
Não
estou menosprezando o trabalho dos companheiros de imprensa, pessoas a quem
admiro, mas chega a ser engraçado. A maioria das matérias jornalísticas, acontecem na zona sul da cidade. Nunca um
repórter irá até o bairro de Inhaúma, onde eu nasci, ou ao município de
Queimados, para saber o que os moradores destas localidades farão com a sua “hora
a menos”, quando colocarem seus relógios para despertarem mais cedo.
Ir
à praia? Onde? Como?
Talvez
neste ano, os jornalistas pudessem
tentar novidades, usarem a criatividade, inovarem nas reportagens e abandonarem
às futilidades para informar à população, o que fazer nos primeiros dias de
mudanças orgânicas.
Adiantar
o relógio é fácil, mas o nosso organismo necessita de tempo para estabelecer
novas regras fisiológicas.
Fica
a sugestão: orientar principalmente as crianças e idosos.
Sair
mais cedo para a escola e o trabalho, sair mais cedo da escola e do trabalho,
não significa que dormiremos mais cedo. Há que se dar ao cérebro um tempo de
adaptação, o que não acontece em poucas horas. É verão e será que haverá alguma
novidade nas matérias jornalísticas?
Será
que além das praias e bares, o povão fará outra coisa?
Será
que haverá entrevistas entre os operários, que chegarão uma hora mais cedo em
seus trabalhos?
Como
as famílias devem se comportar para tirar seus filhos da cama uma hora mais
cedo, para não perderem as aulas?
Será
que médicos e pesquisadores da área de saúde serão convidados a orientar a
massa trabalhadora e as famílias a cuidar de sua saúde, neste novo horário?
Será
que tudo continuará na mesma?
Todos,
verão mudanças, ou verão apenas a chegada de um novo verão?
Edison Borba
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