Vivemos
num país repleto de distribuição bolsas,
muitas entregues de forma aleatória e
sem um rígido controle onde muitos dos beneficiados, não é o que recebe, mas os
que ofertam.
Á
curto prazo, esta forma de “programa social” pode parecer um bem, porém o que
podemos esperar, a longo prazo, ainda é um incógnita.
Entre
as muitas canções interpretadas por Raimundo Fagner, existe uma em que os
versos nos levam a uma séria reflexão, sobre a política paternalista, que há
anos conduz os destinos do Brasil.
“Um homem se humilha
Se castram seu sonho
Seu sonho é sua vida
E a vida é o trabalho
E sem o seu trabalho
Um homem não tem honra
E sem a sua honra
Se morre, se mata
Não dá pra ser feliz” ...
Se castram seu sonho
Seu sonho é sua vida
E a vida é o trabalho
E sem o seu trabalho
Um homem não tem honra
E sem a sua honra
Se morre, se mata
Não dá pra ser feliz” ...
Realmente, não dá para ser feliz, vivendo na espera que a cada final de
mês, o governo traga uma bolsa, uma sacola ou será esmola? Importante lembrar,
que esse tipo de política não é nova, desde a implantação do sistema democrático
da escolha dos governantes, que a distribuição de dentaduras, sapatos, lanches
entre outros itens vem fazendo parte da campanha eleitoral. Uma forma usada por
Cabral, que ao chegar por aqui, conquistou nossos indígenas, através da
distribuição de presentes.
Enquanto não houver no Brasil, providências para permitir aos seus
cidadãos, a possiblidade de conseguir uma profissão, um emprego, um trabalho,
continuaremos a manter o assistencialismo que irá passar de geração a geração,
impedindo que haja uma verdadeira libertação.
As cestas básicas, as bolsas famílias precisam vir acompanhadas de escolas,
oficinas, profissões, alfabetizações dando aos brasileiros homens e mulheres
autonomia para o seu próprio sustento.
Quem dá esmola, humilha o cidadão tirando dele a capacidade de sonhar e
seguir seu caminho, livremente sem ter que ficar atrelado a partidos políticos
e consequentemente, pagando com seu voto os favores recebidos.
Não sou a favor da suspenção das bolsas ou de qualquer outro auxílio
distribuído pelo governo, apenas a forma com que este tipo de política é aplicada
é que precisa ser reavaliada.
É preciso propiciar ao povo, possibilidades de lutar para a sua própria
manutenção. Dar aos menos favorecidos condições de melhorar de vida indo além
da humilde espera por uma bolsa do governo.
É hora de reavaliar o sistema de “cabresto” e começar a dar condições de
liberdade de pensar e agir ao povo. Os brasileiros, precisam de condições de
serem donos de seus próprios caminhos, libertando-se dos favores políticos tão
prejudiciais a honra de todo cidadão.
O melhor programa social que existe é trabalho honrado onde o povo possa
ter um emprego e conseguir seu próprio sustento!
Edison Borba
Nenhum comentário:
Postar um comentário