Desde
que o período eleitoral começou, já fui testemunha de diversas brigas,
aborrecimentos e discussões relacionados a preferências políticas. Aprendi
desde cedo que religião, futebol e política são temas muito perigosos para as amizades.
Vivemos
proclamando democracia, discutindo igualdades, refletindo sobre preconceito e
apesar de tudo ainda brigamos pelas preferências eleitorais. Temos que ter
cuidado ao defendermos as nossas preferências, lembrando sempre do amarelo se
todos nós preferíssemos o verde.
Candidatos
a cargos políticos, não diferem muito uns dos outros. No Brasil ainda vivemos
uma situação, que infelizmente não permite que
façamos grandes distinções entre
um governante e outro. Numa pátria em que partidos são criados a revelia e se
multiplicam mais do que coelhos, fica difícil falarmos em ideais democráticos.
Portanto, perder um amigo, abalar uma amizade apenas por diferenças na escolha
de um candidato é burrice.
Nos
bastidores, os mais ferrenhos inimigos, trocam abraços e bebem no mesmo copo.
Vivemos num país, onde opositores são
sazonais, eles existem por apensa um período e conforme as circunstâncias e
interesses, a inimizade, passa a ser amizade, nunca forma clara de ser mantida
a Lei de Gerson: “quero levar vantagem em tudo!”
Povão
será sempre povão, trabalhador será sempre trabalhador, político será sempre
político, isto é, usam os trabalhadores e o povão para as suas conveniências.
Em época de campanha, colocam bebês no colo, beijam velhinhos, apertam as mãos
sujas de graxa dos operários. Falam palavras bonitas e prometem saúde e
educação. Vestem-se com pele de cordeiros, mas continuam com suas almas de
lobo. São vampiros sempre prontos a sugar o sangue do povo, mas durante o
período eleitoral eles sopram o lugar das feridas.
Perder
um amigo, estremecer uma amizade antiga por causa de candidato é constrangedor.
Nenhum político vale o abraço de um amigo!
Edison Borba
Nenhum comentário:
Postar um comentário