terça-feira, 7 de outubro de 2014

BALAS, BALAS e BALAS.

No Brasil, os Santos Cosme e Damião eram comemorados com a distribuição de balas e doces para as crianças. Era uma intensa alegria sair às ruas e receber nos portões e portas das casas um saquinho repleto de balas, cocadas, mariolas e outras guloseimas. O tempo passou e os Santinhos protetores das crianças, estão esquecidos e hoje o que a população recebe são as balas de diversos calibres. De revolver, de fuzil até metralhadora, as balas são distribuídas numa guerra urbana que já fez muitas vítimas e,continua, matando indistintamente. Ontem um policial foi baleado e na semana passada uma dona de casa foi morta por bala perdida, dentro do carro, quando saiu de casa para comprar pão para seus três filhos. Mas o fenômeno da distribuição de balas não é apenas um fenômeno do Rio de Janeiro, em Santa Catarina, há várias semanas além das balas outros fenômenos estão acontecendo em mais de 30 cidades. Ataques a casas de policiais, incêndios em ônibus além de outros atos de vandalismo. E assim, a sociedade brasileira, vai caminhando, enterrando seus mortos e socorrendo os feridos. Crianças ficando órfãs,  e a população cada vez mais está construindo altos muros em torno de suas casas, colocando grades em suas portas e janelas e blindando seus carros. É neste clima que o povo brasileiro foi as urnas buscando novos caminhos, novos tempos, novas alternativas que possam acabar com este clima de apreensão e medo. Durante toda campanha nenhum candidato apresentou proposta concreta para resolver este problema. Agora, com alguns políticos eleitos e outros disputando o segundo turno, continua a espera por um plano de ação que aponte uma luz no final deste túnel do horror. Enquanto isso as viúvas, os órfãos, as mães e todos aqueles que perderam amigos e pessoas queridas, continuarão a pranteá-los, numa espera angustiante que um anjo salvador desça sobre o Brasil, para salvar a Pátria.
Edison Borba

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