O homem, é o único animal que pensa, mas nem por isto
podemos considerá-lo racional. No mundo zoológico, os animais vivem em sinergia
com a natureza, só consomem o que necessitam vivendo de forma harmônica com o
planeta Terra. Instintivamente ou inteligentemente, eles sabem que tudo que
existe na natureza, tem um propósito e deste propósito nasce o equilíbrio e do
equilíbrio, a sobrevivência. No processo de consumo, na cadeia alimentar
existem as caças e os caçadores, porém nenhum caçador destrói a sua presa por
prazer, quando um leão abate uma gazela, ele o faz para manter a sua vida e a
da sua prole. Consome apenas o indispensável, para que não haja desequilíbrio e
ele venha a necessitar novamente de alimentos. A espécie humana é a grande
catástrofe que surgiu no processo evolutivo. Possuída de um cérebro capaz de
inventar, imaginar e criar, tem se comportado egocentricamente, desde o seu
aparecimento no mundo da zoologia. Entre
os muitos atributos desta espécie, apenas
três, já servem para um péssimo cartão de visitas: desmatador, predador e consumidor por prazer. O homem, gradativamente está destruindo o
planeta através de seu comportamento, causando diversos desequilíbrios,
alterando os ecossistemas, destruindo espécies animais e vegetais. O processo
de urbanização descontrolada, a exploração dos bens naturais sem que haja um
processo equilibrado do seu uso, aos poucos está causando mais problemas do que
os desastres naturais, como: furacões, tempestades, terremotos e vendavais. A
luta pelo poder, os interesses pessoais e a ganância, está acelerando o
processo de desequilíbrio ecológico. O meio ambiente, é capaz de reverter situações de desequilíbrio, desde que haja
tempo hábil para que a reorganização ambiental aconteça. Porém, a natureza não
está conseguindo recompor-se a pressa e
os interesses dos humanos.
O Brasil está sendo um exemplo de como se devasta um
planeta em poucos anos. Aceleramos o desmatamento da Amazônia, estamos
providenciando a seca dos rios e a diminuição da água doce e nossas praias,
estão sendo exemplos de sujeira e contaminação. Somos hábeis no aterro de
manguezais e “experts” na eliminação de espécies animais e vegetais. Em poucos
anos deixaremos de ser o maior país da América do Sul, para sermos o maior
deserto sulamericano. Tudo isto, por que
somos inteligentes e capazes de pensar, inovar e empreender. Somos mestres na
arte de criar novos processos de produção de lixo e de destruição em massa de
árvores. Poluímos por prazer, destruímos por ganância e nos consideramos uma
potência em ascensão. Em breve seremos conhecidos por todos os outros países ou
quem sabe perseguidos por eles, por sermos uma nação de predadores.
Edison Borba
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