quarta-feira, 8 de outubro de 2014

DESEQUILÍBRIOS HUMANOS

O homem,  é o único animal que pensa, mas nem por isto podemos considerá-lo racional. No mundo zoológico, os animais vivem em sinergia com a natureza, só consomem o que necessitam vivendo de forma harmônica com o planeta Terra. Instintivamente ou inteligentemente, eles sabem que tudo que existe na natureza, tem um propósito e deste propósito nasce o equilíbrio e do equilíbrio, a sobrevivência. No processo de consumo, na cadeia alimentar existem as caças e os caçadores, porém nenhum caçador destrói a sua presa por prazer, quando um leão abate uma gazela, ele o faz para manter a sua vida e a da sua prole. Consome apenas o indispensável, para que não haja desequilíbrio e ele venha a necessitar novamente de alimentos. A espécie humana é a grande catástrofe que surgiu no processo evolutivo. Possuída de um cérebro capaz de inventar, imaginar e criar, tem se comportado egocentricamente, desde o seu aparecimento  no mundo da zoologia. Entre os muitos atributos desta espécie, apenas  três, já servem para um péssimo cartão de visitas: desmatador,  predador e consumidor por prazer.  O homem, gradativamente está destruindo o planeta através de seu comportamento, causando diversos desequilíbrios, alterando os ecossistemas, destruindo espécies animais e vegetais. O processo de urbanização descontrolada, a exploração dos bens naturais sem que haja um processo equilibrado do seu uso, aos poucos está causando mais problemas do que os desastres naturais, como: furacões, tempestades, terremotos e vendavais. A luta pelo poder, os interesses pessoais e a ganância, está acelerando o processo de desequilíbrio ecológico. O meio ambiente, é capaz de reverter  situações de desequilíbrio, desde que haja tempo hábil para que a reorganização ambiental aconteça. Porém, a natureza não está conseguindo recompor-se  a pressa e os interesses dos humanos.
O Brasil está sendo um exemplo de como se devasta um planeta em poucos anos. Aceleramos o desmatamento da Amazônia, estamos providenciando a seca dos rios e a diminuição da água doce e nossas praias, estão sendo exemplos de sujeira e contaminação. Somos hábeis no aterro de manguezais e “experts” na eliminação de espécies animais e vegetais. Em poucos anos deixaremos de ser o maior país da América do Sul, para sermos o maior deserto  sulamericano. Tudo isto, por que somos inteligentes e capazes de pensar, inovar e empreender. Somos mestres na arte de criar novos processos de produção de lixo e de destruição em massa de árvores. Poluímos por prazer, destruímos por ganância e nos consideramos uma potência em ascensão. Em breve seremos conhecidos por todos os outros países ou quem sabe perseguidos por eles, por sermos uma nação de predadores.
Edison Borba

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