Um
antigo ditado popular afirma que roupa suja se lava em casa, porém em época de
eleição, ela está sendo lavada frente às câmeras das emissoras de televisão.
No
vale tudo que antecede o dia do grande final, os candidatos estão abrindo
os baús empoeirados e resuscitando
cadáveres que já estavam quase mumificados.
Diante
de aparelhos de televisão o povo “vibra” com os escândalos revelados. As farpas e flechas envenenadas
atiradas de ambos os lados acirra mais
ainda a corrida para o Planalto. O interesse pelas questões problemáticas que envolvem a saúde,
segurança, educação, moradia que
precisam ser analisadas e propostas críveis e possíveis de ser concretizadas
estão relegadas a um segundo plano.
Porém,
o mais constrangedor, nesta situação, foi apresentado por um Instituto de
Pesquisa, que revelou a preferência de grande parte dos brasileiros, por este
tipo de campanha. Vencerá o candidato que mais desmoralizar o seu oponente. Uma
candidata já caiu, vencida pela campanha difamatória, restam dois no ringue e
agora está valendo tudo.
Enquanto alguns brasileiros se deliciam com as
brigas, xingamentos, acusações e difamações que as Excelências jogam uma na outra, o Brasil
continua pegando fogo em todos os sentidos. As matas sendo devoradas por
incêndios e falta de água, traficantes diariamente disputam regiões usando
armas de grosso calibre e as balas perdidas já chegaram a atingir um
apartamento situado no 17º andar de um edifício situado em Icaraí, zona nobre
de Niterói. As rebeliões em presídios, assaltos a pedestres, hospitais sem
condições de atendimento adequado, escolas em péssimo estado de conservação
entre tantos outros problemas brasileiros, que confundem o povo, que há muitos
anos convive com propagandas enganosas.
O
Brasil vive um momento de grandes decisões, os cidadãos mais cautelosos e que
procuram por informações para fazer suas escolhas, sabe o grande engodo que
vivemos faz muito tempo. Um mar de mentiras cobre o país como o nevoeiro “fog”
fazia com Londres. Por mais que tentemos encontrar uma luz no fim do túnel, fica
cada vez mais difícil, acharmos o seu
brilho.
Em
quem confiar? Que acusações são falsas? Que propostas são verdadeiras?
Escândalos
escrevem a história do Brasil desde que, aqui chegou o Sr. Cabral.
A
malandragem se instalou gradativamente, progredindo de tal forma que até a
bandeira brasileira, ostenta duas palavras que perderam a confiabilidade:
“Ordem e Progresso”.
Edison
Borba
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