quarta-feira, 27 de agosto de 2014

ASSUSTADOR!

       É assustador, deprimente e lamentável. Eu assisto aos programas do horário eleitoral, não quero pecar pela omissão, faço questão de ver e ouvir a voz e os planos de cada candidato. Cada dia que paro e vejo aquele desfile pela tela do meu televisor, convenço-me que está difícil, muito  difícil escolher. Há de tudo, para todos os (mau) gostos, principalmente no grupo que pretende uma vaga de Deputado.
É constrangedor vermos homens e mulheres, repetindo palavras, que eles nem sabem o real significado. Papagaios treinados para emitir estranhos sons. Algumas palavras são preferidas pelos candidatos: saúde e educação. Eles oferecem para os eleitores saúde e educação como algo que poderia ser comparado em latas ou em caixas, nos mercadinhos da cidade. Oferecem segurança como se para cada cidadão houvesse um policial.
Alguns gritam, outros cantam. Há os que juram por Deus, usando o seu santo nome em vão. Juram pelas almas de suas mães que irão ajudar os professores, médicos, garis, taxistas, motoristas e todos os trabalhadores do estado do Rio de Janeiro.
Quanto mais se aproxima o dia 5 de outubro, mais tenso eu fico, tentando achar uma agulha no palheiro, separar o joio do trigo, encontrar honestidade e sinceridade nas propagandas dos candidatos. É patético, ouvir: eu farei! Eu faço! Eu já fiz!
Às vezes pergunto-me:  onde estavam, tantas  figuras exóticas?
Impossível crer nas bobagens e baboseiras expelidas pelas bocas dos representantes dos mais variados partidos!
  Tentei ouvir através do rádio, sem a presença das imagens, pensando que seria mais suave e crível apenas escutar, mas foi em vão. Tudo continuou apavorante!
Continuo acreditando que até o mês de outubro, conseguirei encontrar aqueles que merecerão meu voto. No momento está complicado, difícil  fazer a escolha. Alguns rostos são conhecidos de outros anos. Outros são conhecidos por serem profissionais da música, teatro, jornalismo, futebol  ou pertencer a algum grupo religioso. Estes tentam usar suas imagens para obter um salário melhor. Personagens que estão esquecidos pelo público e, portanto,  encontrarão na política uma forma de melhorar de vida.
Tenho ainda alguns dias para uma decisão, que poderá ser fatal e  condenar-me a um período de quatro anos de sofrimento.
É assustador!
Edison Borba
 

 

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