sexta-feira, 8 de agosto de 2014

REFLEXÕES EDUCACIONAIS (Em Busca da Profissão)

O Brasil ainda é um país dos doutores, desde a infância, nossas crianças são levadas a sonhar com profissões em que os “canudos” (diplomas), possam ajudá-los a ostentar o título de doutor. Advogados, médicos, engenheiros e outros caminhos profissionais são valorizados pela sociedade em detrimento de outras atividades, extremamente necessárias para o desenvolvimento do país. Cozinheiros, ladrilheiros, costureiros, cabeleireiros, operadores de tratores, mecânicos, eletricistas, pedreiros, pintores, soldadores, confeiteiros, cuidadores de idosos e crianças, marceneiros e tantas outras atividades que são a força que mantém a produção de uma nação. A educação formal, dada pelas escolas, deveria abrir mais espaço para que crianças e jovens conhecessem melhor os profissionais destas áreas, muitas vezes tratados como subprofissionais. Num país como o Brasil, o título de Doutor, só rende dinheiro e prestígio para aqueles que realmente apresentem vocação e que as tenham escolhido, não pelo título, mas movidos por um interesse biopsicológico. Uma nação é construída pelos braços e cabeças daqueles que movidos por uma necessidade de criar e inovar buscam novos caminhos para os seus afazeres, transformando em novidade aquilo que é feito em seu dia-a-dia. É preciso urgentemente valorizar todas as atividades exercidas pelos homens e mulheres brasileiros, independentemente se eles são ou não portadores de um diploma de Doutor.
Edison Borba

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