quarta-feira, 13 de agosto de 2014

LIXÕES BRASILEIROS

        Para o ano de 2014, que já está  no segundo semestre, estava previsto a extinção dos lixões no Brasil. Em 2010, quando foi instituída a Política Nacional dos Resíduos Sólidos, o ano atual (2014) seria a marcado pelo fim dos lixões em todo país.
        Espalhados por todas as cinco regiões brasileiras,  em torno deles cresce uma população de ratos, insetos, microorganismos patológicos e gente. Pessoas, famílias, crianças que sobrevivem da cata de material reciclável e de alimentos. Uma população marginalizada, que “parece” não existir para o mundo. Seres estranhos que sobrevivem com restos das classes mais abastadas.
        Lugares tristes, onde as aves estão sempre de luto, os  urubus, que fazem parte do cenário. Nenhum escritor, autor das grandes tragédias, ou pintor ou qualquer artista, seria capaz de retratar o quadro dos lixões. A terra chora lágrimas escurecidas sob a forma de “chorume”, que penetra no solo carregando um mundo de impurezas, que  afeta os lençóis freáticos.
A natureza sofre com tamanha agressão.
Os tão propagados e sonhados aterros sanitários estão muito longe de se tornarem realidade. Os que existem representam muito pouco para a grande quantidade de lixo produzido diariamente em todo país.
         Durante os grandes temporais, as chuvas trazem à tona um mar de lixo que se acumula nas ruas, terrenos abandonados, rios e riachos, avisando-nos que os lixões se subdividem em outros menores, encontrados em várias comunidades e bairros das cidades brasileiras.
        Além da falta de compromisso dos que deveriam cuidar da limpeza do país, um grande obstáculo impede que o lixo encontre o seu devido lugar: educação.
        A  população adulta do país, nunca recebeu oficialmente informações sobre os perigos que o lixo pode trazer para a  sobrevivência. Atualmente, estão surgindo pequenos movimentos que tentam alertar crianças e jovens e punir os adultos, numa tentativa quase insana de colocarmos o bonde nos trilhos.
        A situação é mais complicada do que imaginamos: quando recentemente, a cheia dos rios da região amazônica aconteceu, o que se viu foi um assustador mar de lixo envolvendo as comunidades ribeirinhas. Uma riquíssima região, de importância mundial pelo seu manancial de água doce, ameaçada pelo lixo.
           Ainda há tempo para que esta situação seja revista e providências sejam tomadas. O tempo é um grande inimigo,  seu relógio não tem ponteiros ele marca os fatos. 
         O Brasil pede socorro;  ocupando um grande espaço do planeta Terra,  dependerá  muito dele, o futuro da humanidade.
            Edison Borba

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