Para o ano de 2014, que já está no segundo semestre, estava previsto a
extinção dos lixões no Brasil. Em 2010, quando foi instituída a Política
Nacional dos Resíduos Sólidos, o ano atual (2014) seria a marcado pelo fim dos lixões
em todo país.
Espalhados por todas as cinco regiões
brasileiras, em torno deles cresce uma
população de ratos, insetos, microorganismos patológicos e gente. Pessoas,
famílias, crianças que sobrevivem da cata de material reciclável e de
alimentos. Uma população marginalizada, que “parece” não existir para o mundo.
Seres estranhos que sobrevivem com restos das classes mais abastadas.
Lugares tristes, onde as aves estão
sempre de luto, os urubus, que fazem
parte do cenário. Nenhum escritor, autor das grandes tragédias, ou pintor ou
qualquer artista, seria capaz de retratar o quadro dos lixões. A terra chora
lágrimas escurecidas sob a forma de “chorume”, que penetra no solo carregando um
mundo de impurezas, que afeta os lençóis
freáticos.
A natureza sofre com tamanha agressão.
Os tão propagados e sonhados aterros
sanitários estão muito longe de se tornarem realidade. Os que existem
representam muito pouco para a grande quantidade de lixo produzido diariamente
em todo país.
Durante os grandes temporais, as chuvas
trazem à tona um mar de lixo que se acumula nas ruas, terrenos abandonados,
rios e riachos, avisando-nos que os lixões se subdividem em outros menores,
encontrados em várias comunidades e bairros das cidades brasileiras.
Além da falta de compromisso dos que
deveriam cuidar da limpeza do país, um grande obstáculo impede que o lixo
encontre o seu devido lugar: educação.
A
população adulta do país, nunca recebeu oficialmente informações sobre
os perigos que o lixo pode trazer para a
sobrevivência. Atualmente, estão surgindo pequenos movimentos que tentam
alertar crianças e jovens e punir os adultos, numa tentativa quase insana de
colocarmos o bonde nos trilhos.
A situação é mais complicada do que
imaginamos: quando recentemente, a cheia dos rios da região amazônica
aconteceu, o que se viu foi um assustador mar de lixo envolvendo as comunidades
ribeirinhas. Uma riquíssima região, de importância mundial pelo seu manancial
de água doce, ameaçada pelo lixo.
Ainda há tempo para que esta situação
seja revista e providências sejam tomadas. O tempo é um grande inimigo, seu relógio não tem ponteiros ele marca os
fatos.
O
Brasil pede socorro; ocupando um grande
espaço do planeta Terra, dependerá muito dele, o futuro da humanidade.
Edison Borba
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