Em cada um dos estados brasileiros as
prisões acumulam presidiários, que se tornam
mais violentos pelo nível de carceragem a que são submetidos. As casas
que abrigam menores não conseguem educar e orientar os jovens que são
apreendidos. Nesta onda de criminalidade que envolve o país, aos poucos grupos
de pessoas, geralmente moradores dos mesmos bairros ou comunidades iniciaram um
movimento de autoproteção. São câmeras, cercas eletrificadas, celulares e
vigilantes usados por aqueles que se sentem abandonados pelo estado e buscam
sua própria proteção. Cidadãos agindo particularmente, fazendo as obrigações
que deveria ser do estado democrático brasileiro.
Especificamente no Rio de Janeiro os
índices de violência assusta a própria polícia. As comunidades ditas
pacificadas continuam a lutar para manter seu comércio de drogas. Diariamente
ocorrem conflitos nas regiões onde as UPPS estão instaladas. Comércio fechado,
aulas suspensas e moradores ainda obedecendo às ordens dos traficantes.
As vésperas das eleições, não se ouviu dos candidatos nenhum programa
referente à segurança do país. Presídios lotados, inadequadas medidas sócio
educativas, resocialização inexistente, promessas e estatísticas apresentadas
pelos pesquisadores e sociólogos, porém ações concretas não são executadas.
A segurança, não é apenas um caso de
polícia: educação, saúde, transporte, habitação também fazem parte do contexto.
Um país em que a desigualdade social ainda é grave, a tendência é aumentar a
criminalidade. Estamos presenciando o nascimento dos antigos filmes de faroeste
americano, com justiceiros, bandidos, armas e lutas nas ruas, porém com a
diferença: aqui os xerifes não estão
conseguindo prender os bandidos e ainda não surgiu um “mocinho” capaz de salvar
a “donzela” e libertar a cidade das mãos dos bandidos.
Nosso filme está longe de ter um final
feliz!
Edison Borba
Nenhum comentário:
Postar um comentário