terça-feira, 5 de agosto de 2014

SEGURANÇA: UM CASO DE POLÍCIA?

         O índice de criminalidade no Brasil aumenta em progressão geométrica. Diariamente assassinatos além de outros delitos são cometidos sem que a polícia consiga deter esse avanço. O envolvimento de menores é cada vez maior e a idade dos infratores é cada vez menor. Crianças de doze anos empunhando armas tornam-se um grave perigo para a sociedade.

Em cada um dos estados brasileiros as prisões acumulam presidiários, que se tornam  mais violentos pelo nível de carceragem a que são submetidos. As casas que abrigam menores não conseguem educar e orientar os jovens que são apreendidos. Nesta onda de criminalidade que envolve o país, aos poucos grupos de pessoas, geralmente moradores dos mesmos bairros ou comunidades iniciaram um movimento de autoproteção. São câmeras, cercas eletrificadas, celulares e vigilantes usados por aqueles que se sentem abandonados pelo estado e buscam sua própria proteção. Cidadãos agindo particularmente, fazendo as obrigações que deveria ser do estado democrático brasileiro.

Especificamente no Rio de Janeiro os índices de violência assusta a própria polícia. As comunidades ditas pacificadas continuam a lutar para manter seu comércio de drogas. Diariamente ocorrem conflitos nas regiões onde as UPPS estão instaladas. Comércio fechado, aulas suspensas e moradores ainda obedecendo às ordens dos traficantes.

As vésperas das eleições,  não se ouviu dos candidatos nenhum programa referente à segurança do país. Presídios lotados, inadequadas medidas sócio educativas, resocialização inexistente, promessas e estatísticas apresentadas pelos pesquisadores e sociólogos, porém ações concretas não são executadas.

A segurança, não é apenas um caso de polícia: educação, saúde, transporte, habitação também fazem parte do contexto. Um país em que a desigualdade social ainda é grave, a tendência é aumentar a criminalidade. Estamos presenciando o nascimento dos antigos filmes de faroeste americano, com justiceiros, bandidos, armas e lutas nas ruas, porém com a diferença: aqui  os xerifes não estão conseguindo prender os bandidos e ainda não surgiu um “mocinho” capaz de salvar a “donzela” e libertar a cidade das mãos dos bandidos.

Nosso filme está longe de ter um final feliz!

Edison Borba

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