“Minha
Terra tem palmeiras onde canta o sabiá”, tem fontes e cachoeiras, rios caudalosos e exuberantes florestas.
Na
minha Terra, ouvimos o cantar do
uirapuru, no centro da Amazônia onde as orquídeas reinam absolutas, entre as flores,
que enfeitam este lugar.
Aqui
tem gaviões tem carcará coloridos
passarinhos que enfeitam as verdes matas, nos encantam com seus cantos que
nos ajudam a sonhar.
Terra
minha, tens o ouro, rubis e turmalinas. Tem montanhas de ferro tem cobalto,
minerais e tem minério e também muito
mistério.
Peixe
de água doce e de salgada também. Surubins, pirarucu, manjubinha e sardinha. Até
o feroz tubarão, gosta de aqui nadar, nas águas mornas e serenas pintadas
de azul anil.
Temos
corais e Coralina, poetisa de Goiás, lugar de doces recantos e encantos mil, de
grutas cheias de histórias lendas e querubins, fadas e gnomos que inspiram
cantadores, a cantar nossos amores, saudade e os prazeres que só encontramos
aqui.
Minha
Terra goiaba, manga, cupuaçu, mangaba e umbu. Laranjas, limões e mangas. Tem pitanga e siriguela.
Frutas em todos os cantos, nos ramos e nas fruteiras, e nas lindas bananeiras,
bem douradas as bananas, mas também temos a cana, que pode virar garapa a
gostosa rapadura, delicia que nem um mel, que adoça a vida do povo, fazendo-o
esquecer das dores e também dos dissabores.
Temos
no pantanal o voar do tuiuiú e no cerrado contorcidas árvores de singular
estrutura e flores de terna candura.
Uma
Terra abençoada, de sol ameno e de praias. Areias brancas e dunas. Vento nos
coqueirais brisa soprando do mar para os poetas inspirar.
“As
aves que aqui gorjeiam não gorjeiam como lá”. Lá em outras, terras distantes, assoladas
pelas guerras, furacões e terremotos. Ondas gigantes terríveis que assombram
navegantes.
Aqui
na minha querida Terra, não tem guerra só à paz. Crianças de várias cores:
pretas, brancas amarelas, caboclas
mulatas e índias correndo pelas campinas, ruas e avenidas, empinando pipas
e felizes aqui onde estão suas raízes.
“Minha
Terra tem primores”. Um céu cheio de estrelas, difíceis até de contar. À noite
fico a cismar, sozinho na relva deitado, sentindo o grande prazer ter nascido
aqui, um lugar abençoado, onde canta o sabiá!
Edison
Borba
Nenhum comentário:
Postar um comentário