segunda-feira, 11 de agosto de 2014

DOENÇA INCURÁVEL

      O Brasil vive uma grave epidemia, pior do que as mais graves e sérias que se conhece: o atendimento hospitalar em todos os hospitais públicos do país. Sofremos de carências de profissionais, leitos, macas, remédios e principalmente de vergonha das autoridades. Todas as semanas,  acompanhamos pelos telejornais e demais veículos de imprensa as calamidades que acontecem em toda a nação brasileira.


Macas são usadas para substituir a carência de leitos, e para piorar o quadro e aumentar a calamidade, as macas das ambulâncias ficam retidas nos hospitais, impedindo que equipes de resgatem possam trabalhar, sendo assim pessoas morrem nas ruas e estradas pela falta de socorro.
Mais uma vez, escrevo sobre esta situação, acompanhando de perto o que ocorre no Brasil. Governos entram e saem do poder e o descaso com a saúde pública do trabalhador brasileiro torna-se uma doença incurável.
Maternidades são fechadas e as que continuam a funcionar não conseguem atender ao grande número de grávidas. UTIS infantis desativadas e hospitais lotados com pacientes espalhados pelo chão lembram cenas de guerras.
As equipes de saúde realizam milagres, pois mesmo com toda essa carência, poucos problemas relacionados aos atendimentos acontecem.
Em meio a barbárie em que vivem os hospitais do país, nossos políticos conseguem sorrir e afirmar que temos atendimento de primeiro mundo.
É lamentável que em plena  modernidade tecnológica, os trabalhadores que dependem de atendimento de saúde da rede pública tenham que se submeter a humilhações e maus tratos.
Mesmo com toda a divulgação que os meios de comunicação fazem sobre este grave problema, nada é feito. Nenhuma providência é tomada, quando casos de mortes por falta de atendimento é divulgada pelas manchetes de jornais.
As eleições se aproximam e os discursos e promessas são repetições dos anos anteriores. Quem acompanha a fala dos candidatos aos governos federal e estadual, percebe que pouca coisa muda no teor das promessas.
Estamos num beco sem saída! Vamos ter que escolher entre o “menos pior” entre os que pedem os votos.
A vida segue, com brasileiros morrendo por falta de atendimento, mulheres parindo seus filhos nas ruas, seres humanos obrigados e ficar espalhados pelo chão de hospitais, muitas vezes próximo ao lixo.
A vida humana no Brasil vale muito pouco. Somente os mais fortes e com melhores salários conseguem sobreviver. Sofremos de uma doença incurável, difícil de ser tratada!
Edison Borba 

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