O Brasil vive uma grave epidemia, pior
do que as mais graves e sérias que se conhece: o atendimento hospitalar em
todos os hospitais públicos do país. Sofremos de carências de profissionais,
leitos, macas, remédios e principalmente de vergonha das autoridades. Todas as
semanas, acompanhamos pelos telejornais
e demais veículos de imprensa as calamidades que acontecem em toda a nação
brasileira.
Macas são usadas para substituir a
carência de leitos, e para piorar o quadro e aumentar a calamidade, as macas
das ambulâncias ficam retidas nos hospitais, impedindo que equipes de resgatem
possam trabalhar, sendo assim pessoas morrem nas ruas e estradas pela falta de
socorro.
Mais uma vez, escrevo sobre esta
situação, acompanhando de perto o que ocorre no Brasil. Governos entram e saem
do poder e o descaso com a saúde pública do trabalhador brasileiro torna-se uma
doença incurável.
Maternidades são fechadas e as que
continuam a funcionar não conseguem atender ao grande número de grávidas. UTIS
infantis desativadas e hospitais lotados com pacientes espalhados pelo chão
lembram cenas de guerras.
As equipes de saúde realizam milagres,
pois mesmo com toda essa carência, poucos problemas relacionados aos
atendimentos acontecem.
Em meio a barbárie em que vivem os
hospitais do país, nossos políticos conseguem sorrir e afirmar que temos
atendimento de primeiro mundo.
É lamentável que em plena modernidade tecnológica, os trabalhadores que
dependem de atendimento de saúde da rede pública tenham que se submeter a
humilhações e maus tratos.
Mesmo com toda a divulgação que os
meios de comunicação fazem sobre este grave problema, nada é feito. Nenhuma
providência é tomada, quando casos de mortes por falta de atendimento é
divulgada pelas manchetes de jornais.
As eleições se aproximam e os
discursos e promessas são repetições dos anos anteriores. Quem acompanha a fala
dos candidatos aos governos federal e estadual, percebe que pouca coisa muda no
teor das promessas.
Estamos num beco sem saída! Vamos ter
que escolher entre o “menos pior” entre os que pedem os votos.
A vida segue, com brasileiros morrendo
por falta de atendimento, mulheres parindo seus filhos nas ruas, seres humanos
obrigados e ficar espalhados pelo chão de hospitais, muitas vezes próximo ao
lixo.
A vida humana no Brasil vale muito
pouco. Somente os mais fortes e com melhores salários conseguem sobreviver.
Sofremos de uma doença incurável, difícil de ser tratada!
Edison Borba
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