quinta-feira, 14 de agosto de 2014

EM BOCA FECHADA ...

         Existe um antigo ditado popular que afirma: “em boca fechada não entre mosquito”. Uma observação simples, mas que contém um grande ensinamento. Muitas vezes, perdemos um amigo, ofendemos alguém de quem gostamos, complicamos nossa vida afetiva e familiar, criamos algum tipo de problema no trabalho, apenas porque abrimos a boca na hora errada e no momento errado.
Infelizmente o que sai da boca do homem, não retorna e se espalha pelo ar em ondas sonoras que permanecerão uma eternidade. Todos os que escutaram, poderão fazer milhares de interpretações, cada uma conforme a sua própria vontade.
Quantas pessoas se arrependem para o resto de suas vidas por não ter conseguido manter a boca fechada. Além da possibilidade de comer insetos, o dito pode acabar se transformando em “mau-dito” e não há como transformar o dito pelo não dito.
Como manter a boca fechada, quando estamos diante de uma situação que nos incomoda?
Como não fazer um comentário, quando temos a “certeza” (??!!) de que estamos com a razão?
Manter o autocontrole é um difícil treinamento que envolve nosso sistema neuro hormonal, portanto é algo complicado de ser controlado.
Porém, não é impossível, basta pensar antes de falar. Aqui também estamos diante de uma questão complicada. Todas as vezes que pronunciamos algo, antes de soltarmos as palavras e formarmos às frases, o nosso cérebro recebe as ordens para que o que pensamos seja traduzido em linguagem, logo tudo o que falamos representa o que pensamos.
A grande questão está no controle do que pensamos. Para tanto são precisos exercícios, principalmente de concentração e meditação.
À medida que conseguimos organizar nossos pensamentos e passamos a sentir  paz interior, também passamos a ter mais controle sobre as nossas palavras.
Essa conquista é longa e árdua. O caminho é penoso e poucos conseguem chegar ao fim da estrada, e infelizmente, enquanto tentamos conseguir esta condição, continuaremos a engolir mosquitos e a falarmos impropriedades nos momentos mais inconvenientes.
Edison Borba

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