sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

ATIRE A PRIMEIRA PEDRA

“Atire a primeira pedra, aquele que não tiver nenhum pecado”- foi com essas palavras, que Jesus, salvou Maria Madalena, de ser apedrejada.

Após tantos anos desse bíblico episódio, o mundo acompanhou estarrecido; a possibilidade de assistir uma cena semelhante. Sakineh Mohammadie Ashtiani,  acusada de ter relações ilícitas, fora do seu casamento, recebeu chicotadas.

Além desse castigo, foi  acusada de ter participado da morte de seu marido. Condenada,  esteve perto de morrer por apedrejamento.

Esse caso nos faz refletir sobre a pena de morte, ainda em prática em muitos países. Cadeira elétrica,  gás letal, enforcamento, apedrejamento ou qualquer outro tipo de punição, nos remete até Hamurabi e a Lei de Talião (olho por olho, dente por dente).

Prender, julgar e condenar, com o objetivo de corrigir, educar e socializar é o mais digno que uma sociedade do século XXI pode determinar. Existem leis. Cumpram-se as leis. É necessário que os códigos de conduta existam para que possamos conviver harmoniosamente, numa atitude de liberdade e respeito. Também se faz necessário, oportunizar a socialização e (se for conveniente) o afastamento definitivo do convívio social, daqueles que se mostrem incapazes de conviver em grupo. Quanto à pena de morte, é uma questão que precisa ser reavaliada.

Existem algumas controvérsias, quando se trata da vida humana.  O aborto é considerado crime no mesmo mundo que mantém a pena de morte. A eutanásia é uma situação extremamente conflituosa nesse mesmo mundo.

Ainda temos muitas dificuldades para convivermos em harmonia. Guerras, atentados, crimes, violência e agressões deixam claro que o Homo sapiens mantém em seu sistema nervoso, resíduos de uma barbárie da pré-história. Apesar de tantos anos de evolução, conviver com sentimentos e emoções ainda é muito difícil. O que fazer com a raiva, o ódio, a inveja, o medo e todas as outras reações emocionais? Como educar nossas crianças para usarem com sabedoria, atividades do emocional humano, apenas e somente para a garantia de sobrevivência?

Quando um novo ano bate a nossa porta, diversas questões precisam ser reavaliadas.

A tênue linha que separa vida e morte está se enfraquecendo e se rompendo com tanta facilidade, que às vezes temos a sensação de estarmos revitalizando a Lei de Talião.

Chega de violência!

Iniciemos 2012 com a certeza de que a paz começa em cada um de nós!

Edison Borba









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