BUFUNFA - DINHEIRO - GRANA

Marco, libra, lira, dólar, real, peso, franco, coroa, rupia, xelim, iene, escudo entre tantas outras moedas encontradas por todo o mundo, indicavam riqueza, pobreza, poder e submissão. As moedas foram criadas ao longo da história, para regularizar as relações humanas. Trocar pertences. Dar e receber. Comprar e vender. Produzir para distribuir. Lucrar ou perder.

Em papel ou em metal, o dinheiro tem sido ao longo da história da humanidade o responsável por uma infinidade de questões envolvendo os sentimentos humanos.

Avareza, ganância, bondade, doação caracterizam atitudes boas ou más demonstradas pelos descendentes do Homo sapiens.

Traições famosas, como a de  Judas que vendeu  Jesus por algumas moedas de ouro. Tiradentes morreu ao ser traído por Silvério dos Reis. Dalila recebeu uma fortuna para revelar o segredo de Sansão. Por algumas “patacas” irmão mata irmão. Pais e filhos se desentendem e famílias se desagregam. Dinheiro e amizade é uma combinação complicada e partilha de herança, muitas vezes só se resolve nos tribunais.

Mas nesse mundo de ambições e traições, encontramos Robin Hood e Ali babá, que tiravam dos ricos para distribuir aos pobres, usando um famoso jargão: “ladrão que rouba ladrão, tem cem anos de perdão”.

A força do dinheiro, também conhecido popularmente como bufunfa e grana, destrói amores, transforma sapos em príncipes, reforma rostos, aumenta seios e bumbuns fazendo incríveis milagres estéticos.

É necessário ter uma grande força para não se render ao “vil metal”. Nossas vaidades e desejos de poder fazem com que o dinheiro seja colocado em altares; e adorado sob todas as coisas. Honra é uma palavra que não existe nos dicionários dos gananciosos e ávidos pelo poder. Pela força da grana armas são compradas e povos escravizados.

Apesar de tudo, o dinheiro quando usado dentro da lei, com bondade e amor, pode ajudar a milagres acontecerem. A questão não é a “grana”, mas os que a manipulam. Veja os exemplos dados por Irmã Dulce a Madre Teresa de Calcutá.

Os Europeus idealizando um mundo melhor pensaram, sonharam e aplicaram o EURO, para tornar a Europa num só mundo. Uma proposta incrível que traria benefícios para todos. Que maravilha, poder circular entre vários países, sem precisar trocar de moeda. Apesar dos idiomas diferentes, a homogeneidade do dinheiro só faria bem para todo o povo.

Houve apenas um engano, esqueceram que ELA seria manipulada por mãos humanas. Por corações de homens cujas ambições não podem ser medidas. Por cabeças capazes de pensar de forma egocêntrica. O problema não está na nova moeda, o euro, mas nos antigos hábitos que infelizmente estão entranhados na essência humana.

Salvemos o euro, como símbolo de união de todos os povos!

Salvemos as boas relações entre as nações!

Amém!

Edison Borba