quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

CALENDÁRIOS

Os dias foram escorregando do calendário/ Um a um  sendo substituídos/
Janeiro, fevereiro, março, dezembro/
Mudaram as estações do ano/
Flores, frio, frutas e calor/
Alegrias, tristezas, saudades e amor/
Era  primavera quando nos encontramos/
Uma linda roseira assistiu ao nosso primeiro olhar/
Era setembro e o ar estava impregnado de perfume/
Quando percebemos, o verão havia chegado e nós estávamos passeando pela praia/
Calor forte. Sol a pino. E nossos pés deixando marcas na areia/
No calendário os dias iam se sucedendo. As folhas arrancadas e as páginas viradas/
Admirados ficamos, quando vimos o chão  coberto de folhas amareladas. Era outono/
Sabores. Frutas. Delícias/
Dias e dias embalados pela brisa suavemente fria, típica da estação/
No céu, a lua mudava de face. Às vezes redonda, quase um queijo/
Nessas noites deixávamos que seu brilho iluminasse nossos corpos/
Mais dias. Mais noites. O tempo passando. O calendário mudando/
Os relógios, como fiéis guardiões, cuidavam das nossas horas/
Sem que pudéssemos perceber, o inverno chegou/
Noites frias. Chuvas fortes. Dias cinzentos/
E o calendário, mudando  sem nos perguntar se queríamos o tempo parar/
Acordei sozinho. Fazia frio e meu corpo estava gelado/
Um bilhete sobre a cama/
Espere por mim na próxima primavera.

Edison Borba 





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