quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

RENASCIMENTO DE UMA SOCIEDADE

A cidade do Rio de Janeiro vem passando por grandes transformações nos últimos meses. A descrença ainda se manifesta nas atitudes de desconfiança, por uma grande parte da população. Temos necessidade de voltar a acreditar que existem soluções para os nossos problemas.
Apesar de reconhecer o empenho de alguns segmentos da sociedade, as esperanças se tornaram enfraquecidas pelos anos de convivência com ambigüidades do comportamento das autoridades.
As atitudes não são condizentes com os discursos. As promessas são adiadas, transferidas e esquecidas fazendo com que os problemas fiquem sem soluções e a população sem referenciais éticos.
A solução de questões como criminalidade, atendimentos de má qualidade nos hospitais públicos, a carência que envolve as escolas custeadas pelo dinheiro da sociedade, o aumento do consumo dos mais diferentes tipos de drogas, são apenas alguns problemas que vem sendo adiados por décadas.
Mudam os governos, trocam-se os partidos políticos que ocupam o poder, e as questões se repetem, como se nada houvesse se movimentado.
A chegada do verão, que deveria anunciar alegria, férias e laser, trás apreensão e medo. As primeiras chuvas que se abateram sob a cidade já provocaram enchentes endêmicas. Os mesmo lugares, as mesmas tragédias voltaram a se repetir.
Mesmo reconhecendo, que existe boa vontade de alguns, o longo tempo de espera sem que houvesse correção para algumas situações,  deixa cariocas e fluminenses em dúvida, quanto aos verdadeiros interesses da classe política.
A população está cansada de esperar e de confiar. O exercício da cidadania, só se completa com respeito aos direitos humanos, sendo respeitados. A obtenção de  respostas positivas dos habitantes no quesito deveres, fica complicado, pela falta de bons exemplos.
O patrimônio público que deveria ser cuidado por todos, acaba abandonado no jogo do que é de todos, não é de ninguém. E para piorar a situação, surge uma terrível atitude, que usa a premissa: “se as autoridades competentes não se preocupam em cuidar, não é povo que vai ter que se responsabilizar”.
Essa é uma das várias situações que dificultam as relações  sociais povo x autoridades. Como convencer que as regras sociais, devem ser seguidas por todos, quando os exemplos não são os melhores.
A população, quando consultada, demonstra vontade de colaborar. Individualmente, cada um se diz disposto a dar a sua quota de “sacrifício”, para que alguns itens da nossa grande lista de necessidades; possa ser solucionada.
No momento, há diversas campanhas para o controle da “dengue”. Medidas simples, tomadas em cada residência, farão a diferença. É um trabalho árduo, educacional, diário e constante, para que todos se sintam responsáveis e tomem atitudes corretas, independentemente do que faz o seu vizinho. Não podemos jogar no time errado:  “se ele não faz, eu também não faço”!
Esse despreparo, ao longo dos anos, transformou os cidadãos  do Rio (cidade e estado), num povo benevolente para com os desmandos e até certo ponto conivente, colaborando para o desgaste das nossas cidades.
Que a revolução que estamos observando nas comunidades, possa chegar a todos os setores sociais. Que profissionais das mais diversas áreas, principalmente educação e saúde, assumam seus papéis e não entrem no jogo sujo de algumas autoridades. Fingir que trabalha, justificando a baixa qualidade de sua atuação, à baixa remuneração, é fazer o jogo do bandido. Não podemos ajudar ao opressor, colaborando com o jogo, opressão com opressão se paga.
Precisamos de uma radical reforma de costumes. Quem sabe, o Rio de Janeiro, esteja dando o primeiro passo para uma grande  reformulação ou revolução nos nossos costumes. Vamos ocupar todas as comunidades. Vamos estabelecer a ordem. Vamos fortalecer a ética. Vamos apoiar os bons. Vamos expulsar os maus. Vamos dar bons exemplos. Vamos aproveitar a chegada de um novo ano e fazer renascer uma nova sociedade. 
Edison Borba

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